O projeto a seguir surgiu das discussões realizadas nas reuniões de equipe de um Centro de Convivência pertencente a rede pública de serviços de saúde mental em BH, onde a necessidade de expandir para a cidade o trabalho realizado no interior destes serviços tomava cada vez mais vigor.

Trabalhando na perspectiva da inserção social, com oficinas de arte e artesanato, mesmo sem o objetivo de formar artistas e comercializar as obras ali realizadas, a beleza das produções artísticas, o reconhecimento de tantos talentos e o testemunho de transformação das vidas dos que ali freqüentam, suscitaram a necessidade de dialogar com a sociedade abordando o lugar e a importância da arte e da loucura em nossa cidade. Tais reflexões remeteram ao campo da arte contemporânea, da arte marginal, dos trabalhos sociais, da inclusão, do encontro da arte com a loucura, da loucura na cidade, da originalidade do projeto de saúde mental de BH e sua necessidade de expansão, das parcerias que se fazem necessárias, originando enfim a proposta que aqui se apresenta. O eixo principal do projeto é criar uma interlocução com outras manifestações artísticas, trazendo reflexões sobre temas distintos e apontando suas intercessões no trabalho desenvolvido nos Centros de Convivência.

O projeto se propôs, na vertente da beleza, da riqueza, dos questionamentos e do conhecimento que a arte proporciona, a desenvolver um evento com palestras, diálogos, exposições, apresentações artísticas e culturais que possam sensibilizar a cidade e seus entornos sobre os temas propostos.

Dentro da Mostra Insensata, a Mostra de Artes Visuais tem um destaque fundamental e inclui fotografia, desenho, pintura, poesia, cerâmica e objetos como nas palestras, oficinas e filmes/vídeos discutindo as diversas manifestações artísticas e intervenções na cidade.